A arte do Domínio Pessoal!
O domínio pessoal não se resume em uma competência e/ou habilidade, para além disso, podemos considera-lo uma forma de encarar a vida, vive-la da perspectiva criativa e não reativa. Para isso, suscita-se duas questões importantes, a primeira é o contínuo esclarecimento daquilo que é importante para nós. Por vezes, focamos tanto na resolução do problema e situações, que esquecemos o que de fato queremos e como e porque chegamos até esse problema.
A segunda, é o contínuo aprendizado de visualizar a atual realidade com maior clareza, deixando para trás o hábito de fingir que está tudo bem e andar rumo ao destino desejado, para isso, é necessário saber onde estamos no momento e em que situação estamos.
A composição de “o que queremos” e “onde estamos com relação ao que queremos”, gera o que Peter Senge denomina de tensão criativa: que é uma força que tenta unir os dois, causada pela tendência natural de tensão para se buscar uma solução. E a essência do domínio pessoal é aprender a gerar e sustentar esta tensão criativa nas nossas vidas.
As pessoas com alto nível de domínio pessoal compartilham de algumas características básicas como, por exemplo, senso de propósito, elas veem a realidade como uma aliada e não como inimiga. Elas aprenderam a perceber e trabalhar com as forças da mudança e não ir contra elas. São extremamente curiosas e sentem-se conectadas as pessoas e a vida em si. Entretanto, não sacrificam a sua singularidade.
Acreditar que a vida é um contínuo estado de aprendizagem, faz parte das pessoas com alto domínio pessoal, elas nunca “chegam lá”. É um processo para a vida inteira, que necessita da profunda consciência da própria ignorância e de seus pontos a serem melhorados. E, principalmente, de maturidade e inteligência emocional.
As pessoas não resistem à mudanças. Elas resistem a serem mudadas.
Peter Senge
Texto elaborado com base no livro: “A Quinta Disciplina – Peter M. Senge, 2016”.